O que dizer sobre uma prova que já está mais que escrita por outros companheiros de corrida nos seus blogues?!
Eu que já ando neste mundo de corridas há muitos anos, verifico que agora se abre um mundo novo no companheirismo e no reconhecer alguém através desta nova forma de comunicação que são os blogues.
Devido a isso, é salutar verificar os momentos de encontro daqueles que só se conhecem através desta forma e passam a conhecer-se ao vivo e a cores. Assim aconteceu com o Fábio, ele à procura de ver um boné azul e eu sem ele, mas mesmo assim o reconhecimento foi recíproco, com o António Almeida e família que também só os conhecia pelo blogue. Do Pára Joaquim Adelino e da filha Susana não foi necessário pois já os conheço há muitos anos do CCD de Loures.
E assim se fazem novas amizades, trocam-se ideias e conhecimentos, há uma nova forma de convívio, que não só correr, receber e partir.
E foi tudo isto que aconteceu na prova do Domingo, com uma organização magnífica, com uma simpatia de quem ao meio e fim da prova nos recebia na zona de abastecimentos, só um senão que foi a falta de uma placa informativa de viragem aos 5 km para os Caminheiros, o que originou a continuação de muitos para além do retorno, eu e o Hamilton, irmão do Fábio, como viramos no sítio certo durante alguns km fomos os primeiros.
Depois apareceu um Caminheiro que são dos tais que devem estar sempre em 1º, dormindo ao relento, para a inauguração do metro do Porto, do Dolce Vita da Amadora, da pastelaria lá do sítio do pica-pau amarelo, que não gostou de ver outros no lugar que julgava ser seu e foi desagradável na forma como exprimiu o seu desconforto. Claro que lhe disse para me esperar à chegada para lhe tirar a areia dos sapatos só que ele achou por bem levar a areia para casa, antes que para além da areia outras limpezas no corpo levasse. Tanta estupidez junta num corpo tão franzino.
Fora este pequeno percalço, eu e o Hamilton lá fizemos os 10 km, tendo eu fraquejado na parte final, pois o peso já é muito (pesava há 4 anos 70 kg e agora vou com 83) e foi um erro termos ido para a areia solta quando ainda faltavam muitos metros para o final da prova. Mas com o incentivo do Hamilton lá acabamos a prova juntos.
Mas a prova foi um espectáculo, é de continuar e a organização está de Parabéns. Parabéns também a todos os participantes (excepto ao que nos ofendeu) e a festa foi linda pá!... Aquela serpente sinuosa pelo areal da Costa é uma comunhão perfeita entre o Homem e o Mar.
Como previa, os últimos atletas apanharam já a maré em fase de enchimento mas, se na areia nada há a fazer ao facto de correr em plano inclinado, a não ser que corra pelo mar, já na estrada temos o dever de não cair em erros crassos destes e não correr nas bermas da estrada. Se são poucos metros não vem nenhum mal ao mundo mas quilómetros como eu vejo, vai provocar problemas na coluna devido ao desequilibro que oferece uma perna que vai para a parte mais baixa da estrada e a outra que fica na parte mais alta da mesma.
Por isso nunca é demais lembrar que numa estrada com declive acentuado na berma, a melhor corrida é pelo meio. É o que faço e chamo a atenção a outros corredores para fazerem o mesmo, mas isto depende sempre de quem recebe a mensagem. Há quem continue e por mim tudo bem! Cada um sabe de si...